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Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte decidiram encerrar a greve da categoria nesta quinta-feira (20) após 59 dias de paralisação. A informação foi confirmada pelo Adurn-Sindicato, que representa os docentes.
A decisão aconteceu em um plebiscito no qual 61,4% dos professores votaram pelo retorno às atividades, enquanto 36,5% queriam manter o movimento grevista - 1,9% se absteve da decisão. Ao todo, 1.760 professores votaram.
O Adurn-Sindicato informou que vai se reunir nesta sexta-feira (21) com a reitoria da UFRN para discutir o ajuste do calendário acadêmico após a paralisação. Segundo o sindicato, a expectativa é de que as aulas retornem na segunda-feira (24).
A UFRN conta com cerca de 52,7 mil estudantes de graduação, pós-graduação e de cursos técnicos. Os professores estavam em greve desde o dia 22 de abril.
A diretoria do ADURN-Sindicato explicou que havia se posicionado em favor da retomada às atividades após alguns avanços na negociação com o governo federal, como:
a assinatura do Termo de Acordo pelo PROIFES-Federação, garantindo aos professores e professoras o reajuste linear de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026
a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT);
o reajuste dos valores dos auxílios alimentação, creche e saúde;
o anúncio feito pelo governo de R$5,5 bilhões para a consolidação e a expansão das universidades e dos hospitais universitários federais.
Técnico-administrativos da UFRN mantêm greve
Os servidores técnico-administrativos da UFRN, no entanto, decidiram em assembleia geral na quarta-feira (19) por manterem a greve. Os servidores estão em greve desde o dia 14 de março.
Segundo o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest RN), a categoria decidiu que só sairá da greve com a garantia documental de que os pleitos serão atendidos.
IFRN: proposta aceita, mas greve mantida
Os servidores - tanto técnico-administrativos como docentes - do Instituto Federal do Rio Grande do Norte decidiram após assembleia nesta quinta-feira (20) aprovar parte da proposta do governo federal, mas mantiveram a greve.
A decisão se deu, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissionais e Tecnológica (Sinasefe Seção Natal), porque a proposta não foi formalizada pelo governo federal. Por isso, movimento condicionou o fim da paralisação à assinatura da greve.
O IFRN tem cerca de 38 mil estudantes. O calendário da instituição foi suspenso no início da greve.
Ufersa: técnicos e professores mantêm greve
Os técnico-administrativos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) também aprovaram parte da proposta do governo, mas decidiram manter a greve, por considerarem que há pontos na proposta ainda para serem debatidos.
Já os professores decidiram manter a greve após assembleia nesta quinta-feira (20), segundo a Associação de Docentes da Ufersa (Adufersa).
Fonte: G1/RN