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A RN-118, rodovia importante devido ao escoamento da produção de sal do Estado, segue sem previsão de início das obras de tapa-buraco e restauração por conta de um problema na licitação, segundo Departamento de Estradas e Rodagens (DER-RN).
De acordo com a pasta, houve um erro na ata de preços apresentada pela empresa vencedora e por isso a questão foi levada à Procuradoria Geral do Estado (PGE) - que sugeriu continuar com a licitação - mas espera-se que a segunda colocada no processo recorra da decisão, o que deve estender o processo.
De acordo com o DER, e matéria publicada pela Tribuna do Norte a rodovia está entre as prioridades no serviço de restauração das estradas, no entanto, não seria possível definir uma data para o início da obra “por conta desse problema que houve na contratação da empresa que vai realizar o serviço”, explicou a assessoria. A garantia é que a rodovia seja contemplada, mesmo que sem prazo.
“Assim que resolver a burocracia, ela vai ser encaminhada, mas infelizmente a gente não consegue dar uma data”, completa.
Na manhã desta quarta-feira (19), o prefeito de Macau, José Antônio, esteve em reunião com o governador em exercício, Walter Alves (MDB), e membros do DER para discutir a situação da RN-118. De acordo com ele, a demora na licitação foi apresentada, mas nada foi resolvido quanto ao assunto.
“Uma licitação não se faz da noite para o dia, e nós pedimos que houvesse uma urgência, um apoio pelo menos para amenizar aí porque ninguém está conseguindo andar”, diz.
A RN-118 liga o Estado de norte a sul, começando em Macau e indo até Ipueira, no limite com a Paraíba. Em sua extensão, compreende o Seridó, Vale do Açu e o Oeste à BR-226, em Jucurutu, por onde passam carregamentos de petróleo, cerâmica, ferro, fruticultura, sal e confecções. A via cruza ainda os municípios de Pendências, Alto do Rodrigues – com atuação da Petrobrás - Ipanguaçu, São Rafael, Jucurutu, Caicó e São João do Sabugi totalizando 223 km.
Turismo e comércio são prejudicados
Além do transporte do sal produzido no município de Macau, o abandono da rodovia afeta também o comércio e turismo local, de acordo com o prefeito, José Antônio. Restaurantes, bares, comerciantes autônomos e donos de barracas são os mais prejudicados, pois turistas deixam de visitar a Praia de Camapum devido à dificuldade no acesso.
“Afeta o comércio local, afeta o turismo. Os barraqueiros, pessoal que tem restaurante, são sempre prejudicados. O povo até mesmo para ir à praia no final de semana, ter seu lazer, é prejudicado pelo estado da estrada”, pontua. Os dois pilares econômicos do município são o turismo e a produção de sal. Ambos são diretamente influenciados pelo estrago na rodovia.
Fonte: Tribuna do Norte