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A atleta da linha de cuidado do paradesporto do Instituto
Santos Dumont (ISD), Jessika Azevedo, brilhou na etapa colombiana do World
Boccia Challenger, disputado na cidade de Cali. A potiguar conquistou a medalha
de ouro na categoria Par BC3, competindo ao lado de Jonathan de Oliveira.
No caminho até o pódio, Jessika e Jonathan venceram os representantes dos
Estados Unidos por 3 a 2, do Canadá por 4 a 2, e perderam no tie-break para a
Colômbia, após a cadeira motorizada usada por Jonathan apresentar falhas
técnicas. A derrota, no entanto, não impediu o ouro garantido no saldo de
pontos.
“Foi muito gratificante trazer essa medalha de ouro para o nosso país. Desde o princípio, tanto eu como Jonathan e nossos calheiros estávamos almejando o primeiro lugar. Já havíamos treinado juntos nas fases de treino em São Paulo e sabíamos que seria difícil, mas não impossível”, celebrou Jessika.
Esta foi a segunda medalha conquistada por Jessika em etapas do World Boccia Challenger. No ano passado, ela conquistou a medalha de prata na edição disputada em Santiago, no Chile, na categoria BC3 individual. Em Cali, Jessika teve a oportunidade de conquistar uma nova medalha individual, mas dessa vez o desempenho foi abaixo do esperado, com três derrotas em quatro partidas disputadas.
No total, o Brasil conquistou sete medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze na competição. O país levou para o torneio internacional a Seleção de Jovens de Bocha Paralímpica, composta por atletas com até 21 anos, como parte do processo de renovação dos atletas paralímpicos brasileiros. O WBC conta pontos para o ranking internacional de bocha.
“Acredito que o maior sentimento seja de gratidão por ter alcançado esse resultado. Sensação de dever cumprido, de receber o ranking do Par BC3 que é um trabalho feito pela seleção principal e entregamos uma boa continuidade, realmente honrando todo o trabalho já realizado”, afirmou Jessika.
Logo no nascimento, Jessika Azevedo foi diagnosticada com atrofia muscular espinhal (AME) tipo 2, uma doença neuromuscular que causa a morte dos neurônios motores inferiores. Em função dessa condição, ela tem limitação de movimentos nos membros inferiores e superiores. Por isso, compete com o auxílio do pai, Josenildo Agostinho, que desempenha a função de calheiro, direcionando a calha por onde a bola passa durante as partidas.
A paratleta disputa competições pela Associação Paradesportiva do RN (APARN). Além disso, frequenta o Centro de Referência Paralímpico do ISD, localizado em Macaíba, onde recebe acompanhamento de treinadores habilitados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que potencializam o desempenho esportivo e trabalham a inclusão social por meio do esporte.
A atleta é uma promessa do paradesporto brasileiro. Em 2024, ela completou 10 anos praticando a bocha. Nesse período, participou de inúmeras competições nacionais e internacionais, tendo conquistado as medalhas de ouro nas Paralimpíadas Escolares em 2016 e de prata em 2018
Fonte: Tribuna do Norte