O publicitário paulista e ex-presidiário Newton Albuquerque, que ganhou notoriedade no Rio Grande do Norte ao escrever um livro após vivenciar o Massacre de Alcaçuz, deu de presente a mais nova edição de sua obra ao capitão do Pentacampeonato Mundial de Futebol, o ex-lateral direito da Seleção Brasileira, Cafu. 

O exemplar foi entregue na casa do ex-jogador, em São Paulo, por intermédio de um amigo. Com o presente em mãos, Cafu posou para foto. E não poderia ser para menos. A próxima obra de Newton, que também foi escrita dentro da maior penitenciária do RN, é inspirada na carreira do campeão. 

“Primeiro eu pedi para meu amigo dizer que escrevi um livro no cárcere, que foi o meu segundo livro. O Pequeno Gênio. E eu me inspirei na história de vida do próprio Cafu”, revelou. 

“A Escolha Errada” 

O livro A Escolha Errada foi lançado em 2019. O título do livro é autoexplicativo. Além de narrar como o publicitário foi parar na cadeia, a obra ainda traz um capítulo especial no qual Newton narra o que viu e o que sentiu durante o Massacre de Alcaçuz – o episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar. Ocorrida em janeiro de 2017, a matança terminou com 27 detentos assassinados em meio a uma rebelião envolvendo duas facções criminosas rivais. 

“O Pequeno Gênio” 

Embora tenha sido o segundo livro escrito por Newton na cadeia, O Pequeno Gênio será o terceiro a ser lançado. Além de A Escolha Errada, também já está no mercado a obra ‘Playboys do Crime’. Ainda aguardam publicação: ‘Anjos do Parque’ e ‘Quatro Estações’. Todos foram escritos por Newton à mão. Depois, as obras foram digitadas em um notebook. O computador portátil, que não tinha acesso à internet, foi presente de um juiz. 

Quem é Newton Albuquerque 

Newton Albuquerque tem 48 anos. Ele foi preso em outubro de 2008 em Genipabu, uma das mais belas praias do Rio Grande do Norte. Era a quinta viagem que ele fazia transportando drogas de São Paulo para o Nordeste. Na ocasião, foi flagrado com 200 quilos de crack e outros 100 quilos de cocaína. Após ser condenado, passou 1 ano na Penitenciária Federal de Mossoró e outros 09 na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal. 

Fonte: IBand/RN