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O programa Galerias Urbanas, do Banco do Nordeste, entrou na fase de execução no Rio Grande do Norte. O estado teve cinco agências selecionadas para receber obras de artistas locais: Assú, Caicó, Currais Novos, Macau e Pau dos Ferros. O painel da unidade caicoense, de Istelo Almeida, foi o primeiro a ficar pronto e já chama atenção de quem passa pela Av. Cel. Martiniano, a principal da cidade.
Segundo o artista plástico, a obra “Homenagem aos tocadores de Pife” também representa os Negros do Rosário, manifestação popular que faz parte da cultura de sua cidade natal, Caicó, a musicalidade dos tambores, da sanfona e do forró. Isso tudo inserido numa paisagem que retrata a flora e fauna sertanejas, com seus pássaros e cactos.
“Eu sou artista há bastante tempo. Na verdade, desde criança que desenho e pinto. Acho que esse edital tem a importância de não apenas valorizar a nossa arte, mas também trazer uma maior visibilidade pros murais, dando vida à cidade. Às vezes, eu acho muito apagadas algumas cidades e, aí, essa proposta do BNB vem justamente trazer a arte como uma forma de comunicar, através da música e tudo mais”, diz Istelo Almeida.
O Galerias Urbanas é uma ação do Banco do Nordeste Cultural, que busca aproximar as unidades de negócios das ações de cultura desenvolvidas pela instituição. O programa começou na Paraíba, em 2019, com exposições itinerantes de obras de grafite homenageando a musicalidade do estado. O edital lançado no ano passado permite que a experiência seja levada a outras 60 agências, nas demais superintendências do BNB.
“Nossas obras urbanas têm o poder de transformar espaços públicos monótonos em ambientes urbanos mais acolhedores.
A arte exposta livre e democraticamente é uma oportunidade para artistas emergentes mostrarem seus talentos, podem ser vistas como uma atração turística e ainda criam um senso de pertencimento e identidade para as pessoas da comunidade”, pontua a consultora cultural do BNB e coordenadora do projeto no RN, Jacqueline Medeiros.
A temática das intervenções artísticas dialoga com a estética e identidade locais, incorporando simbolicamente a música produzida por artistas do estado onde está sendo realizada a obra. O projeto objetiva fortalecer o papel institucional do Banco do Nordeste como garantidor de direitos culturais; promover a cadeia produtiva das artes visuais dos estados, em sua área de atuação, além de expandir as ações culturais do Banco.
Fonte: Revista Nordeste