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O setor de cimento no Brasil projeta um crescimento modesto para 2025, com vendas estimadas em 65,5 milhões de toneladas. Apesar da alta demanda da construção civil e dos investimentos no mercado imobiliário, a indústria enfrenta desafios devido a fatores econômicos, como a pressão inflacionária, o aumento dos custos de mão de obra e a continuidade da alta da taxa de juros. A previsão de crescimento de 1% no consumo de cimento neste ano, o que representa um acréscimo de 650 mil toneladas, está sendo realizada com cautela.
Em janeiro de 2025, as vendas internas de cimento atingiram 5,2 milhões de toneladas, uma alta de 5,3% em comparação com o mesmo mês de 2024, e 10% a mais que em dezembro de 2024. Esse desempenho positivo é atribuído ao crescimento do mercado de trabalho, com aumento da massa salarial e redução do desemprego. No entanto, a pressão da inflação e do endividamento das famílias, aliada a uma possível elevação da taxa de juros para 15%, impacta diretamente no consumo e na confiança do consumidor, o que pode afetar o ritmo de vendas.
Para 2025, o setor de cimento também se prepara para desafios ambientais, com a regulamentação do Mercado de Carbono e a definição de metas de descarbonização. No entanto, as perspectivas para o setor continuam positivas, com o mercado imobiliário e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) sendo os principais impulsionadores do consumo. O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), Paulo Camillo Penna, afirmou que o uso do pavimento de concreto e as concessões de saneamento devem gerar demanda a médio prazo, o que oferece boas perspectivas para o setor nos próximos anos.