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Brasil precisa investir cerca de R$ 551 bi para alcançar metas de universalização do saneamento básico

Atualmente, o país gasta R$ 22,5 bilhões em serviços básicos

Publicada em 19/08/24 às 07:27h - 9 visualizações

Gustavo Varela/Assú Todo Dia


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Brasil precisa investir cerca de R$ 551 bi para alcançar metas de universalização do saneamento básico
O valor é considerado insuficiente, segundo estudo do Trata Brasil  (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Brasil investe hoje R$ 22,5 bilhões em serviços básicos de saneamento, conforme os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2022. O número parece satisfatório, mas ainda é insuficiente para cumprir as metas do Novo Marco Legal do Saneamento (lei nº 14.026), até 2033, segundo análise do Instituto Trata Brasil. O mais recente estudo mostra que, segundo estimativa do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), ainda são necessários cerca de R$ 551 bilhões — referente a junho de 2022 — para alcançar as metas de universalização. 

O advogado especialista em direito ambiental Caio Freitas analisa o cenário. Para ele, o avanço na cobertura dos serviços não ocorre na velocidade desejada pela falta de priorização política do assunto.

O saneamento básico nunca esteve ou poucas vezes esteve tanto em evidência na mídia e no debate público como agora, desde a aprovação do novo marco legal. A mídia faz uma cobertura constante sobre o assunto, mas ainda assim parece que isso não foi capaz de mobilizar as autoridades para destinar recursos especificamente para que os projetos e as obras possam acontecer”, observa o advogado que ainda acrescenta.

Talvez ainda prevaleça no setor aquela antiga máxima de que o saneamento básico não é um setor a ser priorizado, porque as obras decorrentes não geram grande visibilidade por serem obras enterradas e, por isso, não dão voto. Mas essa visão precisa mudar e aí cabe, não somente aos governos, mas principalmente à sociedade cobrar essa mudança de visão e cobrar atitudes efetivas dos governos para mudar essa realidade”, desabafa.

A jornada rumo à universalização do saneamento básico no Brasil ainda é longa. Conforme o estudo do Trata Brasil, para que toda a população tenha acesso aos serviços de água e esgotamento sanitário, é fundamental aumentar os investimentos para ampliar a infraestrutura básica do setor. Até 2033, são necessários o equivalente a R$ 46,3 bilhões anuais ao longo dos próximos anos.

A pesquisa revela que os investimentos no setor no período de 2018 a 2022 ficou em R$ 104,49 bilhões. Desse montante, a maior parcela — R$ 51,12 bilhões ou 49% — foi desempenhada pela macrorregião Sudeste, com o estado de São Paulo apresentando o desembolso mais significativo entre as unidades da federação brasileira: R$ 35,16 bilhões. 

Por outro lado, a macrorregião Norte teve o menor investimento do quinquênio, com R$ 4,99 bilhões, o que representa aproximadamente 5% do total. Trata-se da região com os piores indicadores de atendimento. Sob perspectiva estadual, o Amapá teve o menor investimento no período, somando apenas R$ 108,40 milhões entre 2018 e 2022, menos de 0,1% do total, aponta o levantamento.

Mais investimentos para o setor

Na opinião da presidente executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, o Brasil investe por ano muito menos do que seria preciso para atingir a meta de universalização do saneamento em 2033.

Em Roraima, por exemplo, 100% dos municípios são irregulares; na Paraíba 63%; no Piauí 61%; no Acre 56%. Então a gente está falando ainda de municípios onde a companhia de saneamento não conseguiu comprovar que vai fazer esses investimentos. E esses municípios que estão irregulares, historicamente, investiram muito pouco em saneamento básico”, aponta.

E qual seria o maior desafio para atingir a universalização do saneamento no Brasil? Para Christianne Dias, diretora executiva da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON SINDCON), no atual momento, o maior desafio está na reforma tributária em aprovação no Congresso Nacional.

O maior desafio é que a reforma tributária considere o saneamento como atividade com o mesmo perfil da saúde, o que evitará um brutal aumento de impostos no setor, com consequências drásticas. Mantido o texto atual da reforma, o consumidor deverá pagar uma conta 8% maior, porque a atual incidência de PIS/Cofins de 9,25% será transformada em IBS e CBS de, no mínimo, 26,5%”, avalia.

Segundo Christianne, desta forma, as concessionárias precisarão recorrer a um complexo e demorado processo de revisão de tarifas, a fim de não prejudicar o equilíbrio dos contratos e o ritmo de investimentos para a universalização dos serviços.

O Novo Marco Legal do Saneamento Básico trouxe mudanças significativas para impulsionar o setor rumo à universalização. Mas o cenário atual ainda é precário. Cerca de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e mais de 90 milhões não têm coleta de esgoto. Conforme a lei, todas as localidades brasileiras devem atender a 99% da população com abastecimento de água e 90% com esgotamento sanitário até 2033.

Fonte: Brasil 61




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