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A taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%, aumentando 0,9 ponto percentual (p.p.) ante o quarto trimestre de 2022 (7,9%) e caindo 2,4 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (11,1%). Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O economista Carlos Almeida, da empresa GWX Investimentos, destaca que o cenário pode estar relacionado à periodicidade, porque quando chega o final de ano normalmente as contratações diminuem porque há uma elevação devido às festas de fim de ano.
“Esses dados do IBGE eles corroboram na verdade, o movimento que acaba sendo sazonal, depois de um movimento de contratação no quarto trimestre dos anos em decorrência das festas de final de ano. No primeiro trimestre em geral esse movimento se descompensa. É claro que agora, neste momento da economia do Brasil, da economia doméstica e da economia internacional, onde a gente está vendo uma manutenção de juros altos ainda muito persistentes, o Banco Central mantendo os juros em 13,75%, sem sinalizar queda ainda e uma desaceleração da economia consequentemente o índice de contratação diminui”, destaca.
No primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram na Bahia com 14,4%, Pernambuco com 14,1% e Amapá com 12,2%. Já as menores foram registradas em Rondônia 3,2%, Santa Catarina 3,8% e Mato Grosso 4,5%.
Para Alessandra Brito, Analista de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), esse crescimento da taxa de desocupação veio também por causa dos trabalhos informais no país.
“Quando a gente faz uma análise da taxa de informalidade no primeiro trimestre de 2023, a gente estima para o Brasil uma taxa de 39%, mas com algumas diferenças importantes regionais, as maiores taxas aconteceram no Pará 59,6%, Amazonas com 57,2%. Enquanto as menores taxas ficaram com o Distrito Federal 30,3% e Santa Catarina com 26,1%”, afirma.
O desemprego é de 7,2% para os homens e 10,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2023. Para as pessoas brancas foi de 6,8% e acima para os pretos 11,3% e pardos 10,1%. Pessoas com ensino médio incompleto foi de 15,2% maior que as dos demais níveis de instrução considerados. Para as pessoas com ensino superior incompleto, a taxa foi de 9,2%, mais que o dobro para o nível superior completo, que ficou com 4,5%.
Fonte: Brasil 61